terça-feira, 27 de novembro de 2007

A NOSSA VIDA NESTA CIDADE EM FUNÇÃO DA FALTA DE SEGURANÇA

















Grades, portões de ferro, ruas desertas e escuras, pessoas com medo, é uma das características mais marcantes da cidade da Praia nos dias que correm. Alguém, por favor, me explique como é possível que meia dúzia de bandidos dominaram uma cidade de mais de 150.000 habitantes. Como é possível, que as pessoas tenham deixado de sair à rua à noite, as cordinhas que antigamente nos permitiam abrir as portas das casas dos nossos vizinhos tenham dado lugar a portas de ferro, casarões históricos tenham sido transformados em autênticos bunkers!!!??? Nós, pessoas do bem, somos ou não somos a grande maioria? Como brincava no outro dia, e se começássemos, também, nós a grande maioria, a dar “Kassu Body” aos maus da fita? Contudo, o Kassu Body que proponho é baseado em acções pensadas.
O que acham de:

• Fazermos uma manifestação e exigirmos, holofotes nas ruas… LUZ. Custa-me compreender como é que os bandidos conseguem assaltar às pessoas sucessivas vezes, da mesma forma nos mesmos lugares. Qualquer ser, que raciocine minimamente, buscaria vigiar esses lugares. Aqui isso não acontece!
• Retomarmos o velho hábito de sair de casa a pé e enchermos as ruas de gente outra vez. Há quem não acredite que na Praia antigamente as pessoas passeavam;
• Exigir-se que espaços comerciais para funcionarem passem a garantir a segurança dos seus clientes num raio de X metros. Afinal, nós vamos a estes espaços, consumimos e garantimos algum lucro aos proprietários que também têm alguma “divida” para connosco;
• Exigir que as instituições responsáveis pela manutenção da ordem funcionem e quando tal não acontecer responsabilizar pessoas;
• Serem criadas medidas punitivas mais severas aos indivíduos que bulirem a nossa paz (não me peçam para dar ideias de medidas severas porque sou xiita neste sentido, o que me poderia criar problemas com a Comissão Nacional dos Direitos Humanos. Aproveitando, pergunto se eu também esses direitos? Parece-me que direito de ir e vir faz parte daquela listinha);
• Os indivíduos que cometam pequenos furtos, tenham de trabalhar todos os dias, acorrentados e algemados, na limpeza da nossa cidade. É que estando na cadeia a descansar e a comer refeições balanceadas (pagos por nós) e cheios de direitos humanos, voltam à rua gorditos e cheios de energia para recomeçar;


Eu reclamo e acreditem que faço parte de um grupo de privilegiados. Contam-me coisas que acontecem nos subúrbios da Capital que mais parecem coisas da Rocinha (maior favela do Rio de Janeiro). Eu digo sempre que o Rio já foi assim. Se não se deixar a politica de lado, e tomarem-se medidas serias, ainda que sejam impopulares, num futuro próximo não sei aonde vamos parar.

No outro dia vi uma repostagem, onde perguntavem a um governante do Canadá, qual era o segredo para o sucesso em termos de desenvolvimento do país nas mais diferentes áreas, e o senhor respondeu: somos um país gerido por gestores e não por políticos.

1 comentário:

VAPE disse...

100% de acordo contigo!

Valdo